Exemplo de ditadura ideológica: um sacerdote é condenado por chamar uma abortista de abortista
Um tribunal de Brasília abriu um perigoso e para alguns absurdo precedente contra os que defendem a vida no Brasil, ao condenar a um sacerdote a pagar uma multa por usar a palavra “abortista” para referir-se à antropóloga Débora Diniz Rodrigues, conhecida defensora do aborto e diretora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.
Na semana passada, a 1º turma de recursos dos tribunais especiais do DF condenou ao presidente da Associação Pro-vida de Anápolis, Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, a pagar uma indenização de quatro mil e 200 reais por supostos danos morais contra Diniz.
Além disso, os juizes proibiram ao pe. Lodi utilizar a palavra “abortista” para qualificar a quem defende o aborto
Ao conhecer a sentença, o consternado sacerdote não teve outro remédio a não ser perguntar qual “adjetivo utilizar então, para alguém que defende o aborto, pois certamente quem defende o divórcio não se ofende ao ser chamado divorcista, nem o partidário do comunismo por ser chamado comunista”.
Segundo o pe. Lodi, “faltou indicar aos magistrados qual é palavra aceita em nossa língua que tenha o mesmo significado sem ser ofensiva, para designar a quem é abertamente defensor do aborto”.
A sentença foi questionada por sua falta de sustentação lógica e jurídica. A corte de apelações desprezou um pedido de revisão e o único recurso possível para o sacerdote é o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um artigo recente, o pe. Lodi assinalou que a decisão judicial é histórica, pois é a primeira vez que um grupo de juizes condenam a uma entidade de beneficência, sem fins de lucro, a pagar uma quantidade capaz de levá-la à insolvência, ao mesmo tempo, é a primeira vez que uma decisão colegiada impõe silêncio aos que defendem a vida.
Meus comentários de Luciano Ayan
(fonte: http://lucianoayan.com/2012/11/01/exemplo-de-ditadura-ideologica-um-sacerdote-e-condenado-por-chamar-uma-abortista-de-abortista/)
Antes de tudo, eu sou um defensor do aborto legal. E o termo para definir estas pessoas é abortista. Entretanto, o Pe. Lodi foi processado e condenado por simplesmente usar a língua portuguesa de forma adequada. Ridículo seria se ele chamasse Débora Diniz de anti-abortista. Enfim, aqui no Brasil o rabo já abana o cachorro.
Um comentarista explicou o seguinte, lucidamente: “Então se alguem for chamado de homofóbico por não concordar com a prática sexual de grupos gays pode processar quem chamou? afinal se o termo “abortista” não pode ser usado então o termo “homofóbico” também não deveria poder. Gente, é o que andei falando. A Igreja não se defende. Seria hora da CNBB se manisfestar, do Vaticano se manifestar e da Igreja se mobilizar no país inteiro pois simplesmente tais minorias estão ganhando força descomunal de calar por via legal a boca de qualquer um que não lhes renda homenagens. Uma Ditadura muito pior do que podemos imaginar está se formando.” (Para piorar, o termo homofóbico na maioria dos casos não se baseia em fatos, pois é alguém que tem aversão a gays, e não apenas é contra o gayzismo, mas o termo abortista, pelo contrário, se aplica a todos que são a favor do aborto legal)
Aliás, pode-se entender que temos aqui uma questão estratégica, pois note neste site que o Pe. Lodi é alguém que possui ação contínua contra marxistas culturais. Logo, é alguém a ser calado pela militância, mesmo que para isso quaisquer tipos de artifícios sejam usados. Deixar esse ato sem resposta (e uma delas poderia incluir processos por denunciação caluniosa contra Drbora Diniz) é obviamente um risco inaceitável.
Não se pode usar a lei de forma desonesta para proibir as pessoas de identificarem os fatos. Um abortista é alguém que defende o aborto legal. Se alguém defende o aborto legal e for identificado por isso, com o uso do termo adequado (abortista), não há motivos para lançar processos, a não ser motivos políticos.