Lésbicas são culpadas de assassinato macabro; o caso aconteceu em 2006 na África do Sul
Fonte: www.iol.co.za/news
Jandre Botha, de quatro anos, se recusou a chamar a amante lésbica de sua mãe de "pai" - e pagou com sua vida.
Engeline Nyysschen foi considerada culpada
de assassinato. Foto: The Mercury
O pai de
Jandre, Jan Botha, esteve na galeria pública do Tribunal Regional de Vereeniging na quarta-feira, quando sua ex-esposa,
Hanelie Botha, 31, e sua companheira,
Engeline Nysschen, 33, foram consideradas culpadas do assassinato macabro de seu filho.
Ele sentou-se no tribunal segurando as mãos de sua noiva, Yolanda Deysel, e ouviu atentamente a magistrada Rita Willemse, em seu julgamento, aceitar a evidência, entre os motivos que levaram à provação brutal de Jandre, a sua recusa em chamar de Ysschen de "papai".
O tribunal ouviu as evidências de Lydia Nkomo e sua filha Aletta Lesiba. Elas trabalharam para o casal de lésbicas em sua loja na época em que presenciaram Ysschen agredir violentamente Jandre enquanto exigia que ele a chamasse de "papai".
Ambas testemunharam que enquanto Jandre era agredido, sua mãe não conseguiu intervir ou protegê-lo. Evidências mostraram que ele tinha sofrido ferimentos horríveis, incluindo uma fratura no crânio e danos cerebrais, assim como pernas quebradas, clavícula, mãos e pelve.
O tribunal aceitou a evidência do Professor Mohammed Dada, um especialista em trauma, que disse que os ferimentos do menino foram semelhantes aos de uma pessoa que havia caído de um prédio de dois andares.
Ao fim do julgamento, Willemse reconheceu que não havia provas substanciais que ligasse Hanelie (a mãe), aos assaltos, mas disse que ela era igualmente culpada de assassinato por não ter, em seu dever legal, protegido a criança contra o abuso e a violação.
O tribunal considerou que ela havia mentido para o Dr. Elna Gibson, um dos médicos que trataram Jandre, dizendo que o menino obteve seus ferimentos depois de ter escorregado na banheira.
O tribunal decidiu que ela havia mentido para proteger sua companheira Nysschen. Os médicos que examinaram Jandre, rejeitaram a versão das duas de que ele tinha escorregado na banheira. Eles disseram que uma foi preciso uma "força excessiva" para infligir o tipo dos ferimentos fatais sofridos por Jandre.
Convencida da culpa das duas, Willemse desmentiu a versão delas e disse que havia evidência médica substancial antes, sobre a natureza das lesões sofridas por Jandre.
"Eu aceito a evidência dos profissionais médicos que são especialistas em seus campos. Existem documentos substanciais colocados diante de mim. A maioria deles tem experiência médica que se estende ao longo de um período de 15 anos.
Todos eles desmentem a versão das acusadas e são unânimes em afirmar que as lesões do falecido vinham sendo causadas já há algum tempo.
É impensável que a mãe da criança não poderia ter conhecimento sobre essas lesões fatais. O morto também teve as pernas quebradas e sua mãe deveria estar ciente disso".
Hanelie Botha / Foto: The Mercury
A magistrada criticou
Hanelie por não denunciar o abuso de Jandre nas mãos de sua amante para os assistentes sociais, que monitoravam o progresso do menino depois que ela ganhou a custódia dele durante uma longa batalha judicial com seu ex-marido. Ela também não conseguiu relatar o abuso para seu ex-marido.
O pai do menino tomou conhecimento do abuso de Jandre apenas no dia da sua morte, 12 de junho de 2003. Nysschen entrou em contato com ele e disse que Jandre havia caído no início do dia e tinha morrido.
Willemse questionou a aptidão de Hanelie como mãe, dizendo que, mais tarde, seus pais se aproximaram de seu ex-marido e deram a ele ajuda financeira para que ele lutasse pela custódia do filho.
Ao repreender Hanelie, Willemse disse: "Hanelie não era impotente. Ela estava bem ciente da violenta explosão de Engeline... Ela poderia ter chamado o pai da criança para ajudar, mas ela não o fez. Ela não fez nada para proteger seu próprio filho".
A magistrada rotulou o testemunho de Engeline de mentiroso e desesperado, por se contradizer em seu depoimento.
Hanelie e Ysschen foram ainda condenadas por agressão com intenção de causar danos corporais graves e negligência infantil, por não fornecer ou procurar tratamento para as fraturas de membros de Jandre.
O caso foi adiado até 26 de junho de 2006 para um relatório pré-sentença.
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